03 julho 2012

Um mundo brilhante - T. Greenwood

Dentre tantos lançamentos da Editora Novo Conceito - e olha que são muitos que irei mostrar na próxima postagem da Caixa de Correio -  acebei de ler Um mundo brilhante, da autora T. Greenwood, que mostra uma história de um ponto de vista bem diferente de um romance.
O que fazer quando o mundo em que você vive não é o lugar a que você pertence?
Título: Um mundo brilhante
Autor: T. Greenwood
Editora: Novo Conceito
Páginas: 336
Ano: 2012

Quando o professor Ben Bailey sai de casa para pegar o jornal e apreciar a primeira neve do ano, ele encontra um jovem caído e testemunha os últimos instantes de sua vida. Ao conhecer a irmã do rapaz, Ben se convence de que ele foi vítima de um crime de ódio e se propõe a ajudá-la a provar que se tratou de um assassinato. Sem perceber, Ben inicia uma jornada que o leva a descobrir quem realmente é, e o que deseja da vida. Seu futuro, cuidadosamente traçado, torna-se incerto, pois ele passa a questionar tudo à sua volta, desde o emprego como professor de História, até o relacionamento com sua noiva. Quando a conheceu, Ben tinha ficado impressionado com seu otimismo e sua autoconfiança. Com o tempo, porém, ela apenas reforçava nele a sensação de solidão que o fazia relembrar sua infância problemática. Essa procura pelas respostas o deixará dividido entre a responsabilidade e a felicidade, entre seu futuro há muito planejado e as escolhas que podem libertá-lo da delicada teia de mentiras que ele construiu. Esta, enfim, é uma história fascinante sobre o que devemos às pessoas, o que devemos a nós mesmos e o preço das decisões que tomamos.

 Uma das experiências mais estranhas com livros que tive; mais pelo rumo da história do que pelo desfecho, acho. Muita expectativa de que seria mais um livro cheio de aventuras e heroísmo por conta de um assassinato. Mas estamos tratando aqui de um romance às avessas.

Basicamente, o livro é dividido em cinco partes: Um mundo vermelho, Um mundo azul, Um mundo amarelo,Um mundo preto e branco e O mundo Brilhante.
Essas cinco partes são, na verdade, os rumos que vida do personagem principal - Ben Bailey - toma devido as suas escolhas.


Ben trabalha durante o dia em uma universidade local como professor adjunto - com um título de doutor - em história e à noite como barman. Levava uma vida feliz com sua noiva Sara, uma garota que sempre soube contornar as situações.
Mas a vida de Ben muda logo após um assassinato de um jovem indígena - Ricky - onde o corpo acaba parando em frente a sua casa. Se encanta por Shady, a bela jovem artista indígena, irmã de Ricky. O que ele não esperava era que as coisas começassem a ficar complicadas. 

Segredos. Como pequenos sapos escondidos em seu bolso. Não se pode esquecer deles porque estão sempre se mexendo ali dentro, contorcendo-se, tentando escapar. Você sabe que, a qualquer momento, um deles pode conseguir subir e pular para fora do seu bolso, revelando-se para o mundo com um coaxado estridente. E quanto mais você se esforça para tentar contê-los, para tentar escondê-los, mais se esforçam para escapar.Página 285

A cada dia que passa, Ben tenta descobrir o que aconteceu com o jovem navajo, mas acaba mergulhando em um problema que parece mais sério do que imaginava, e não apenas um acidente - como imaginava a polícia. 
Agora Ben tem decisões a tomar, decisões que afetará não só a sua vida, como a das pessoas que o cercam. 


Continuar a desmascarar o crime que cerca Flagstaff ocorrido no inverno ou simplesmente esquecer? Entre escolher viver uma mentira e viver um romance, o que fará?
O livro é uma viajem de autoconhecimento, onde escolhas podem afetar profundamente a sua vida de forma inesperada.
Esperança. Ele sabe agora que a esperança é uma criança abortada, concebida, mas nunca realizada. É o sonho que termina enquanto ainda estamos adormecidos. A oração que não recebe respostas. É simplesmente o cordão frágil ao qual um homem desesperado se agarra, mesmo quando ele se desenrola, desenrola e desenrola. - Página 336

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